28/08/2015 00h00 ⋅ Atualizada em 01/11/2019 14h44
As particularidades da história de Redenção da Serra estão sendo documentadas pelo projeto de extensão “Redenção da Memória – Redenção da Serra: História, Territorialização e Memória”, da Universidade de Taubaté (UNITAU).
A iniciativa partiu do Prof. Me. Eduardo Carlos Pinto, diretor do departamento de Ciências Sociais e Letras, e da Profa. Dra. Rachel Duarte Abdala, coordenadora do curso de História. “O projeto Redenção da Memória surgiu de uma demanda do próprio município, e isso é muito importante, pois não basta a Universidade querer fazer alguma coisa se a própria comunidade não tiver interesse”, disse a profa. Raquel.
O projeto, iniciado em 2013, tem como objetivo contar a história da cidade, desde a desconstrução da cidade velha para a instalação da represa do Paraitinga em ligação com o Paraibuna, sua reconstrução e seu renascimento, como os próprios moradores costumam dizer, como uma fênix.
“Eu vivenciei toda a dificuldade da mudança da cidade, pois o povo era muito humilde”, relata a professora de Matemática e ex-moradora da cidade velha, Maria Helena da Silva Ribeiro. “Meu pai foi o último a deixar a cidade velha, só quando viu a água chegando que acreditou que a represa era real”, relembra.
Toda a transição da cidade velha para nova não foi registrada de forma documental, apenas por meio de fotografias de acervos pessoais e relatos dos próprios moradores, o que fez com que a história de Redenção da Serra se perdesse, chegando a ser esquecida por inúmeros moradores do próprio Vale do Paraíba.
Juntamente com os professores, dois bolsistas do curso de História Marcela Oliveira e Daniel Cimatti, participam da rotina do projeto de extensão, que inclui planejamento semestral das atividades, visitas à cidade de Redenção, recolhimento de dados e pesquisas sobre a cidade, sua cultura e suas memórias.
“A gente faz o trabalho de campo em Redenção para ter contato com a comunidade e fazer as entrevistas. No Departamento, trabalhamos nas transcrições, na coleta de dados e em pesquisas sobre o período histórico e sobre a cidade”, conta a aluna Marcela Oliveira.
A professora Raquel evidencia a importância da participação dos alunos na ação. “A participação dos bolsistas é muito importante porque eles também acabam se sensibilizando com a história de Redenção da Serra”.
“É necessário que a cidade, em outras palavras, tenha memória, tenha história. Porque um povo sem história fica complicado de entender”, finaliza o Prof. Eduardo.
Gabriela Oliveira
ACOM/UNITAU