Professora orienta alunos a se tornarem empreendedores

01/09/2015 00h00 ⋅ Atualizada em 31/10/2019 22h13

 

Atuante na Universidade de Taubaté (UNITAU) há apenas três anos, a Profa. Ma. Romária da Silva Pinheiro, que também é administradora e empreendedora, já orientou e incentivou vários de seus alunos a seguirem o empreendedorismo e abrirem o próprio negócio, levando em conta o cenário de crise que o país vive.

Ela já orientou diversos tipos de projetos, desde aplicativos para celular, papelarias, cafeterias, cervejarias e até salão de beleza. “Orientar um aluno empreendedor é muito gratificante. Quando inicia a orientação, você vê o brilho nos olhos dos alunos e que estão buscando algo para se apoiar”, conta.

O início da orientação é a parte mais complexa, segundo a professora. “O aluno tem medo do desconhecido, porque quando ele está empregado pode contar com o salário, décimo terceiro e outros benefícios. Agora largar tudo isso para abrir o negocio próprio é um pouco intimidador”.

Romaria nunca pensou em ser professora, porém ela sempre gostou de ajudar as pessoas. “Estudar foi um diferencial, onde eu me encontrava pessoalmente. Minha inspiração foi quando dei minha primeira aula. Eu posso estar no pior dia da minha vida, mas quando entro na sala melhora tudo”, explica a docente. Com mais de seis projetos orientados, a professora aposta na troca de experiências com os alunos para desenvolver critérios e sair dos modelos convencionais de negócios.

O trabalho tem gerado frutos. “A cada aula os alunos têm mais idéias, gerando mais expectativas, e vem com mais vontade de abrirem o seu negócio”.

A ideia da mentora para os alunos que têm interesse de abrir uma cafeteria, por exemplo, é trazer para a sala de aula um empreendedor do ramo, para contar experiências de sucesso e de fracasso. A intenção é ampliar esse projeto por todo o Departamento para os estudantes dos outros cursos possam opinar e tirar suas dúvidas.

Hoje, o jovem empreendedor tem espaço no mercado de trabalho. No inicio deste ano, dois alunos do curso de Economia desenvolveram um aplicativo para celular, o “Caiu do Céu”. O Sebrae (Serviço de Apoio Brasileiro a Micro e Pequenas Empresas) gostou e investiu na ideia dos rapazes. Ela acredita que essa crise de carência no mercado financeiro seja uma oportunidade para colocar a criatividade em pratica. “Eu particularmente estou adorando essa fase, meus alunos estão alinhando teoria à prática e inovando seus próprios métodos.”

 Vitor Garcez
ACOM/UNITAU