Da natureza para a sala de aula: projeto de extensão Natureza e criança

09/10/2015 00h00 ⋅ Atualizada em 28/10/2019 12h06

 

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Com as propostas de levar as crianças a se aproximarem mais da natureza, de facilitar o aprendizado de temas relacionados ao meio ambiente e de promover a preservação ambiental, o projeto Natureza e Criança: aprendendo com animais e plantas foi criado em 2005 pela Profa. Dra. Adriana Mascarette Labinas.

A ideia para o projeto surgiu depois de uma experiência que a docente teve em uma universidade nos Estados Unidos. "Depois que voltei para Taubaté, a pergunta era: ‘por que não poderíamos fazer alguma coisa próxima daquilo?’, porém, adaptada para o nosso público, a nossa faixa etária, com os nossos recursos, principalmente, com a nossa natureza", explica Labinas.

O Natureza e criança é realizado, em parceria, pelos Departamentos de Pedagogia e de Ciências Agrárias, configurando-se como um projeto multidisciplinar, envolvendo a área pedagógica, ligada a temas da natureza e do meio ambiente.

A proposta é levar aos alunos conhecimentos mais abrangentes sobre determinados assuntos e mostrar, de forma mais aprofundada, determinadas situações, como, por exemplo, um formigueiro. Quem já viu um formigueiro por dentro? Os estudantes que participam do projeto já.

Ao mesmo tempo em que ensina, o projeto também busca conscientizar as crianças sobre a necessidade de preservar o meio ambiente.

A professora Adriana conta como é a atuação junto às crianças. "São dois tipos de recepção. Uma é a eufórica, aquela em que eles ficam animados, porque estamos chegando com material diferente, normalmente bichos vivos, como eles gostam de dizer”, explica. “E a outra é aquela em que, passada a euforia, eles estão receptivos a receber informação e é quando passamos informações técnicas e científicas, traduzidas no linguajar deles, ao alcance deles."

Atividades

O projeto acontece todas as quartas-feiras, com os alunos de segundo e terceiro anos, intercalados. Toda semana é realizado um preparo prévio do material e da aula didática que é feita pelos estagiários, com o acompanhamento dos professores. As escolas onde o projeto é aplicado são definidas pela Secretaria de Educação da cidade, a cada ano.

Junto com estagiários e outros docentes, a professora Adriana conseguiu construiu um formigueiro, com materiais simples, e levou para os alunos da escola municipal Professor Ernesto de Oliveira Filho, que ficaram encantados em ver de perto algo que só sabiam que existia, mas que ficava debaixo da terra.

"As crianças são a nossa próxima geração, então nós tentamos mostrar para elas a importância dos recursos naturais e, também, da natureza para a vida humana", comenta o Prof. Dr. Ricardo Machado da Silva, docente dos cursos de Agronomia e de Ciências Biológicas e que ingressou neste ano no projeto.

"Fui chamado exatamente para realizar algumas inovações e aumentar o conteúdo das aulas didáticas, para fazer com que o projeto fique mais recheado, mais cheio de informações que possam contribuir para a sociedade e para a natureza", explicou.

Fernanda Marquesini, que ingressou no projeto neste ano, fala que a experiência é diferente e mais enriquecedora do que ele imaginava. "Conviver com as crianças está me surpreendendo, porque eu estava esperando uma coisa e, na verdade, é muito mais interessante. Eu as ensino e elas retribuem, elas lembram disso de uma forma diferente, então, para mim, é muito gratificante."

Lucas Nascimento
ACOM/UNITAU