Nupes desenvolve pesquisa sobre o consumo de drogas em Taubaté

09/10/2015 00h00 ⋅ Atualizada em 27/10/2019 06h31

 

Uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais da UNITAU (Nupes) sobre questões da dependência química na cidade de Taubaté revelou que 46,8% dos entrevistados afirmam que há consumo de drogas em suas residências. Dentre os respondentes, 73,6% dizem que os usuários em questão não recebem nenhum tipo de atenção para largar das drogas e 85,5% afirma que não existem em seus bairros ações de prevenção ao consumo.

O levantamento, conduzido pelo coordenador do Nupes, Prof. Dr. Luiz Carlos Laureano da Rosa, foi desenvolvido com o apoio da ACIT (Associação Comercial e Industrial de Taubaté) e da FAPETI (Fundação de Apoio à Pesquisa, Tecnologia e Inovação da UNITAU), a partir de um pedido realizado pela ONG Coalização Comunitária Antidrogas e pela vereadora Pollyana Gama sobre informações a respeito do consumo de drogas na cidade.

O levantamento completo está disponível aqui.

Entre os 46,8% que afirmam haver consumo de drogas em suas residências, 59,7% diz usar cigarro, 65,2%, bebida alcoólica e 8,3%, maconha. Mais de 65% afirma haver consumo entre a família. Dentre os respondentes, 73,6% diz que os usuários em questão não recebem nenhum tipo de atenção para largar das drogas e 85,5% afirma que não existem em seus bairros ações de prevenção ao consumo.

A pesquisa teve um total de 387 pessoas entrevistadas no município e também aponta os locais e os bairros em que os entrevistados acreditam que existe o consumo de drogas. “A ideia é que essa pesquisa possa proporcionar um alcance maior para melhorias envolvendo setores da sociedade como um todo” explica o professor.

Para Pollyana, a pesquisa será o maior direcionador do projeto, cuja necessidade surgiu devido aos inúmeros relatos de mães desesperadas com a problemática das drogas. “Nós solicitamos a pesquisa ao professor Laureano, que fez um trabalho impecável”, ela elogia.

Reinaldo Galdino da Silva, presidente da Coalização em Taubaté, diz que o objetivo dessa parceria “é unir os setores por um bem comum, que é diminuir o índice de usuários de drogas entre os 12 e 17 anos.”

Luiza Schmidt
ACOM/ UNITAU