Tecnologia a favor da produção agrícola: laboratório de solos e sementes

09/10/2015 00h00 ⋅ Atualizada em 28/10/2019 05h21

 

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No Departamento de Ciências Agrárias da Universidade de Taubaté (UNITAU) é mantido o projeto de extensão voltado para a análise de solos, plantas e sementes, que atende a comunidade agropecuária e contribui para o aprendizado prático dos alunos de Agronomia.

O projeto surgiu da junção de dois projetos iniciais no ramo, um especializado em solos e o outro, especializado em sementes. O trabalho da Instituição com esse tipo de material ocorre há mais de 25 anos. Esse tempo de experiência garante a qualidade e a seriedade das análises realizadas.

As análises são feitas de forma minuciosa e o laudo final contém as especificações do material, entre elas a matéria orgânica, o PH, o fóssil e o macro e o micronutriente. Esse laudo é entregue ao produtor, que, juntamente a um agrônomo, avalia e decide o que de melhor pode ser feito para beneficiar a produtividade e obter melhores resultados.

O Departamento recebe material de todo o Vale do Paraíba, Sul de Minas, Rio de Janeiro e até já recebeu amostras vindas da Bahia. Tais amostras podem ser encaminhadas pelos Correios ou então trazidas pelo produtor até a UNITAU. O resultado dos estudos sai em 15 dias após a chegada.

Um dos coordenadores do projeto, Prof. Me. Carlos Moure Cícero, explica que, por meio do laudo emitido ao produtor, pode-se perceber o que seu solo, suas sementes ou plantas necessitam para não haver limitação em relação a sua produtividade. O uso tecnológico que o projeto disponibiliza aos produtores permite que eles otimizem o plantio, ao desvendar os conteúdos dos insumos.

“Nós trabalhamos com alta tecnologia, com vários projetos de pesquisa e de extensão, isso tem de ser levado até o produtor, tem de ficar ao alcance dele”, comenta o coordenador.

Os alunos

“O projeto tem por objetivo, antes de qualquer coisa, atender a nossa necessidade de dar o melhor ensino aos nossos alunos”, pontua um dos coordenadores, Prof. Dr. Júlio César Raposo de Almeida.

O projeto conta com dois alunos bolsistas, Vanilda Luciene de Faria Santos, do 6º semestre de Agronomia, e Álvaro Bernardo da Silva Neto, do 4º semestre. Os dois cumprem atividades em todas as etapas das análises, tendo contato direto com o procedimento completo.

“No projeto de extensão, o que a gente aprende teoricamente é consolidado na prática”, afirma Álvaro.

Esse contato com a prática da profissão amplia a visão dos alunos e os prepara para o mercado de trabalho. “Ao vivermos essas experiências, é totalmente diferente, o aprendizado é bem mais rico do que em uma sala de aula”, disse Vanilda.

A seleção dos alunos para participar do projeto é realizada no início do ano, por meio de um edital e, após serem selecionados, os novos alunos passam a ser parte da equipe responsável por toda a parte de solos, plantas e sementes.

O Projeto e a Comunidade

Para os produtores, o projeto auxilia na medida em que, por intermédio do raio-x de seu solo, planta ou semente podem produzir mais, reparar o que não está bem e, assim, ter mais ganhos.

O empresário Sérgio Luiz Penetto, que utiliza as análises do projeto, considera a iniciativa de extrema relevância por ser de fácil acesso, ter agilidade e precisão no resultado, além de um custo abaixo do normal para tal serviço.

“Temos a confiabilidade, sempre acompanhamos de perto e os resultados são muito bons, dentro da nossa expectativa”, afirma.

O projeto conta também com oficinas voltadas para a comunidade. Recentemente, na última colheita de cana de açúcar realizada no Departamento, uma produtora de rapadura de São Luiz do Paraitinga ensinou o preparo do alimento para um grupo de 100 pessoas.

Durante todo o tempo do projeto de extensão análise de solos, plantas e sementes, o papel da Instituição foi cumprido. Seja ele com o produtor na precisão e responsabilidade, seja com os alunos que crescem profissionalmente dentro do ramo agronômico ou com os professores que podem realizar suas pesquisas e utilizar-se do extenso conteúdo disponível para engrandecer suas aulas por meio da iniciativa.

Gabriela Oliveira
ACOM/UNITAU